Projeto de complexo eólico para produção de 102 MW é apresentado no Trairi

11 de dezembro de 2013 - 14:31

11/12/2013

Ocorreu na manhã desta terça-feira (10), na Câmara dos Vereadores de Trairi, uma audiência pública para apresentação do projeto e do estudo ambiental do Complexo Eólico Santa Mônica, de interesse da empresa Tractebel Energia. A Reunião faz parte do processo de licenciamento ambiental do empreendimento, que está sob a responsabilidade da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace).

O complexo contará com quatro centrais eólicas (Cacimbas, Estrela, Ouro Verde e Santa Mônica), que produzirão 102 megawatts (MW) através de 34 aerogeradores, segundo informou o representante da Tractebel Energia, Leandro Magri. De acordo com ele, o empreendimento terá capacidade de produzir anualmente aproximadamente 18 vezes mais energia que o consumido em 2011 no município de Trairi.

Magri disse que inicialmente estava prevista a instalação em campos dunares, porém, acabou sendo descartada pela empresa. “Originalmente esse projeto previa mais aerogeradores. Mas após adquirirmos o projeto, o pessoal que o desenvolve resolveu não instalar aerogeradores nas dunas móveis”, concluiu.

Caso o projeto seja aprovado ambientalmente, sua fase de implantação será a que mais acarretará impactos negativos, segundo o estudo ambiental apresentado por Alexandre Nunes, da MRS Estudos Ambientais. Isso se dá devido ao grande maquinário utilizado na montagem das centrais eólicas. Contudo, Nunes apresentou uma série de planos e programas de monitoramento ambiental que, desenvolvidos adequadamente, são capazes de mitigar e minimizar esses danos. Foram feitos levantamentos sobre os meios físico, biótico e socioeconômico.

A previsão da empresa é que a obra, após liberada sua construção, tenha uma duração de 14 meses, período esse no qual haverá o maior número de contratação de mão de obra. O aproveitamento local de boa parte dessa demanda é uma realidade devido a experiência de muitos profissionais na instalação de outros parques na região, informou a empresa.

A equipe multidisciplinar da Semace responsável pela análise do estudo ambiental e elaboração do parecer técnico esteve presente e ficou atenta à participação dos populares. No dia anterior (9) os técnicos realizaram a inspeção técnica na área de 515,02 hectares (ha) destinada ao complexo.

O supervisor do Núcleo de Impacto Ambiental da Semace, Ivan Botão, classificou a audiência como válida e disse que a autarquia vem ao longo do tempo aprimorando o processo de audiências públicas, entendendo esse ser um momento importante do licenciamento, que une o conhecimento científico do corpo técnico da Superintendência com o saber do povo sobre as características da área.

Fhilipe Augusto
Assessoria de Comunicação da Semace
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