Plano Emergencial de Balneabilidade começará por sete praias

14 de novembro de 2019 - 18:51 # # # # #

Alberto Perdigão
Assessor de Comunicação da Semace
(85) 3101-5554

Conselheiros acompanham apresentação do Plano Emergencial de Balneabilidade durante sessão do CoemaO Plano Emergencial de Balneabilidade (PEB) do Ceará começará a ser executado pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), em sete das 22 praias cearenses atingidas pelo óleo derramado em alto mar. O plano proposto por cientistas do Labomar da Universidade Federal do Ceará, da Universidade Estadual do Ceará, do Nutec e por técnicos da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e da Semace foi aprovado em caráter de urgência, nesta quinta-feira (14), pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema).
A resolução que disciplina o PEB foi acatada por unanimidade pelos 37 representantes de instituições do Estado, do mercado e da sociedade que compõem o colegiado. “O Coema ficou sensibilizado com o apelo feito pelos professores universitários e pesquisadores, servidores da Sema e da Semace, sobre importância de votar uma resolução, para dar tranquilidade e transparência, em relação à areia das praias e às águas oceânicas”, afirmou o secretário do Meio Ambiente e presidente do Coema, Artur Bruno.
A primeira lista de praias a serem monitoradas é formada por Icapuí, Canoa Quebrada (Aracati), Prainha do Canto Verde (Beberibe) e Sabiaguaba (Fortaleza), no litoral leste; Icaraí e Cumbuco (Caucaia) e Jericoacoara (Jijoca de Jericoacoara), no litoral oeste. A resolução aprovada pelo Coema entra em vigor com a publicação no Diário Oficial do Estado.

O que diz o plano

Durante seis meses, amostras da água do mar e da areia das praias serão analisadas em laboratórios especializados, para identificar a ocorrência e a proporção de hidrocarbonetos. A substância é um indicativo da contaminação por derivado de petróleo e exige providências, como o isolamento da faixa de mar atingida e a remoção da areia contaminada. “Se ficar comprovado que a área gera problemas de saúde para a população, a atitude responsável de qualquer governo seria interditar a praia”, afirmou o secretário, com base na nova resolução.
 
O monitoramento será repetido a cada semana, mas a lista de praias examinadas deverá mudar, com as praias aprovadas cedendo lugar para as que ainda não foram examinadas. Em caso de contaminação, os órgãos responsáveis da União, do Estado e dos municípios serão acionados para tomar providências. Em caso de aprovação, a Semace divulgará o resultado. “Nada melhor que a transparência, para que as pessoas possam decidir sobre a ida a praia, comer o peixe, tirar férias num lugar tão aprazível e bonito como é o nosso litoral”, concluiu.