Workshop realizado pelo Naguc capacita 50 profissionais

8 de junho de 2010 - 15:21

O workshop de Avaliação de Efetividade de Manejo das Unidades de Conservação do Ceará foi realizado nos últimos dias 1 e 2 de junho, na Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), reunindo 50 participantes no auditório Régia Nântua. A ação faz parte do projeto de Reabilitação de Áreas Degradadas, coordenado pela técnica Vanessa Mariano, gerente da Área de Proteção Ambiental (APA) do Estuário do Rio Ceará, e desenvolvido pelo Núcleo de Articulação Gerencial das Unidades de Conservação (Naguc). O objetivo é fomentar o desenvolvimento socioeconômico aliado à qualidade ambiental.

Melhorar a gestão das Unidades de Conservação (UCs) por meio do conhecimento das suas condições e do desenvolvimento de estratégias com base nesses dados é o propósito da metodologia apresentada por Najilla Rejanne Alencar Julião Cabral, professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). Os indicadores são obtidos a partir de questionários aplicados entre a população e outros agentes mobilizadores do local. São contemplados aspectos sociais, econômicos e ambientais, e a avaliação é feita com base numa escala de pontuação.

“Não basta criar Unidades de Conservação, elas devem servir efetivamente ao propósito para o qual foram criadas. A regra geral é atender às metas de preservação do meio ambiente, considerando a presença humana e a sustentabilidade”, explicou a professora. A programação do primeiro dia abordou aspectos de legislação, a importância da avaliação e introduziu a metodologia de indicadores. A segunda etapa foi um estudo de caso apresentado pela professora e especialista em direito ambiental Iara Sílvia Rodrigues de Oliveira, mestranda em Tecnologia e Gestão Ambiental pelo IFCE. Os participantes receberam material didático em CDs e impressos.

Para os gerentes das unidades administradas pela Semace, o workshop trouxe conhecimentos que serão aplicados diretamente no aperfeiçoamento da gestão. A metodologia será adaptada para a realidade das unidades cearenses. “Com esse censo, podemos tratar a UC como um organismo vivo, percebendo as mudanças que ocorrem num certo intervalo de tempo, e podendo elaborar também medidas mais efetivas para tratar situações de urgência”, afirma Raphaela Ribeiro, gerente da APA da Lagoa da Jijoca. Ela destaca a aproximação entre as instituições de pesquisa e a gestão pública como um trabalho a favor do meio ambiente.

Entre os participantes, compareceram os técnicos do Naguc; representantes das administrações municipais de Maranguape, Aquiraz, Trairi, São Gonçalo, Paracuru, Caucaia, Guaiúba, Jijoca, Beberibe e Aratuba; membros do Instituto Mangue Vivo, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), da ONG Aquasis, da Companhia de Policiamento Militar Ambiental (CPMA) e do Ministério Público Estadual. Estudantes de cursos de graduação e profissionais das áreas de Biologia, Agronomia, Engenharia de Pesca, Gestão Ambiental e Turismo também estiveram presentes.