Tecnologia e clima: Semace apresenta estudo sobre focos de calor no Ceará em evento nacional

22 de agosto de 2025 - 09:26

A Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) participou do XVI Simpósio Brasileiro de Climatologia Geográfica (SBCG), no município do Crato, no Cariri cearense. A programação, que começou no último dia (16), chega ao fim nesta sexta-feira (22). O evento reuniu especialistas de todo o país para discutir desafios climáticos, promover o intercâmbio científico e oferecer capacitações técnicas voltadas à climatologia.

Representando a autarquia, a fiscal ambiental Liliana Mota apresentou o trabalho “Análise dos Focos de Calor no Ceará nos últimos 25 anos com o uso do sensoriamento remoto”. A pesquisa, vinculada ao doutorado em Geografia da servidora pela Universidade Estadual do Ceará (Uece), utiliza dados de satélite para compreender a distribuição e evolução dos focos de calor no território cearense ao longo das últimas décadas.

“Esse tipo de pesquisa reforça o compromisso da Semace com o uso de ferramentas tecnológicas e científicas para aprimorar a gestão ambiental e contribuir com soluções baseadas em evidências, alinhadas à realidade do território cearense”, destacou Liliana Mota.

Capacitação e inovação marcam a programação

Durante o evento, os participantes também tiveram acesso a uma programação de minicursos técnicos voltados ao aprimoramento de ferramentas e práticas em climatologia e geotecnologias. As atividades buscaram estimular a atualização de conhecimentos, especialmente nas áreas de sensoriamento remoto, análise de dados climáticos e clima urbano.

Entre os temas abordados, estiveram o uso do software GRADS para análise de dados meteorológicos, práticas pedagógicas para o ensino do clima, aplicação de inteligência artificial na identificação de ilhas de calor, uso de big data em clima urbano por meio do Google Earth Engine e técnicas de análise bibliométrica voltadas à produção científica na área. Os minicursos reuniram especialistas de instituições como o INPE, UFRN, UERJ e UFSC, e tiveram adesão expressiva de estudantes, pesquisadores e profissionais do setor ambiental.