Semace apoia produção de mudas para restauração de área queimada no Parque do Cocó

23 de maio de 2025 - 16:02

A Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), por meio da Diretoria de Fiscalização (Difis), integra o conjunto de instituições que colaboram com o projeto RestauraCocó, voltado à recuperação da área do Parque Estadual do Cocó atingida por incêndio ocorrido entre os dias 17 e 21 de janeiro de 2024.

Na terça-feira (20), uma equipe da Semace, em parceria com pesquisadores e voluntários, produziu 143 mudas de mangue branco em uma única manhã. A iniciativa integra o projeto RestauraCocó, que já soma cerca de 4 mil mudas cultivadas. A meta é alcançar 10 mil unidades para recuperação da área do Parque do Cocó atingida por incêndio.

Como ponto de partida, foi elaborado um diagnóstico detalhado da área afetada, resultando em um relatório técnico que apresenta o planejamento inicial das ações de restauração ecológica. A Semace tem acompanhado as atividades desde a primeira oficina participativa, realizada em janeiro deste ano, com a presença da educadora ambiental da autarquia, Deborah Freire. A oficina teve como foco a apresentação do diagnóstico, das estratégias de recuperação e o fortalecimento do diálogo com a comunidade, representantes do poder público, setor privado e organizações da sociedade civil.

Uma das frentes de atuação do projeto, atualmente em execução, é a produção de mudas de espécies nativas de mangue, conduzida por professores, bolsistas, estudantes da UFC, agentes jovens ambientais e voluntários. Estão sendo cultivadas três espécies principais: mangue branco (Laguncularia racemosa), mangue vermelho (Rhizophora mangle) e mangue preto (Avicennia ssp). A produção de mudas desempenha papel essencial para o sucesso da restauração, possibilitando um plantio eficiente e favorecendo a recuperação da biodiversidade local, além de contribuir para o controle da erosão, a melhoria da qualidade do ar, solo e água e a absorção de carbono.

As atividades de produção são conduzidas no viveiro localizado na área do Adahil Barreto, sob a coordenação do viveirista Lourival Carvalho. As etapas incluem a coleta de propágulos, preparo de substrato, germinação e cuidados com o desenvolvimento das mudas, seguindo critérios técnicos adequados à vegetação nativa do manguezal.

Saiba mais

Coordenado pela professora Anna Abrahão, do Departamento de Biologia da Universidade Federal do Ceará (UFC), o projeto é gerido pela Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema) e conta com apoio da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap), por meio do programa Cientista-Chefe de Meio Ambiente. Para informações mais detalhadas do relatório do projeto, clique aqui.