Semace devolve 23 macacos à natureza

8 de março de 2017 - 12:30

Vinte e três macacos-prego foram devolvidos à natureza, nesta terça-feira (7), na ação realizada em conjunto com o Ibama, numa área isolada de caatinga, na zona rural de Parambu, no Sertão dos Inhamuns. O grupo formado predominantemente por indivíduos juvenis tinha três filhotes, que corriam maiores riscos na volta ao habitat natural. Uma equipe de fiscais segue hoje (8) no local, para avaliar as primeiras horas da readaptação e assegurar que os animais estão em condição de viver longe do cativeiro.

Os macacos-prego (16 machos e sete fêmeas) foram capturados e vendidos ilegalmente no interior do estado. São animais que foram mantidos em cativeiro, em jaulas ou amarrados por correntes de ferro, o que caracteriza a situação de maus tratos. Depois de resgatados em operações de fiscalização ou entregues voluntariamente, os macacos ficaram cerca de um ano em recuperação, no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Setas) do Ibama, localizado em Messejana, até ganhar a condição de soltura.

“Os (macacos) juvenis, ao chegar nessa idade, ficam agressivos, competitivos, disputando espaço com as pessoas da casa e, quando se soltam, acabam causando muitos problemas na vizinhança também”, explicou a fiscal da Semace, Daisy do Carmo. “Eles chegam estressados, machucados, precisam de um tempo para constituir um grupo, às vezes uma família, só então nós levamos para a soltura”, completou. Foi a primeira soltura do ano. Uma nova ação foi programada para este mês. O dia e o local não serão informados.

40 cobras

Na mesma operação, 40 cobras foram soltas. Entre as espécies, havia jiboias, cobras verdes e outras que ocorrem com frequência no bioma Catinga. A lista da liberdade incluiu dois gaviões, dois tatus-peba e dois cassacos, animais constantemente ameaçados pelo homem. Outros 50 passarinhos silvestres também voltaram à natureza. Os viveiros traziam graúnas, periquitos do sertão, galos-campina, entre outras espécies ainda vendidas ilegalmente em feiras livres do interior e da periferia da capital. Ao serem abertos, logo ficaram vazios.

Alberto Perdigão
Assessoria de Comunicação da Semace
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