Complexo eólico capaz de gerar 78 MW em Amontada é apresentado em audiência pública

28 de abril de 2016 - 15:46

DSC06443Qui, 28 de abril de 2016, 15h45

O projeto e o estudo ambiental das Centrais Geradoras Eólicas (CGEs) Amontada 1, 2 e 3 foram apresentados à sociedade de Amontada em audiência pública realizada nesta quarta-feira (27), na sede da Prefeitura Municipal. O evento foi presidido pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), instituição que está à frente do licenciamento ambiental do empreendimento. Um bom público esteve presente e participou ativamente tirando dúvidas e contribuindo com sugestões para uma convivência harmoniosa entre o complexo e a comunidade.

A previsão para início das obras é em 2019, explicou César Teixeira, representante da Atiaia Energia S.A., empresa responsável pelo projeto. A três centrais terão capacidade para gerar até 78,2 megawatts (MW). DSC06449Ao todo, o empreendimento contará com 46 aerogeradores. O terreno arrendado para a implantação das três CGEs é 1.399 hectares (ha) e pertence à Fazenda Amontada, localizada a 1,5 km da sede do município.

A bióloga Valéria Trece apresentou as características ambientais levantadas no estudo feito pela Geoconsult, a pedido da Atiaia. De acordo com Trece, o complexo eólico está geograficamente inserido em uma região de depressão sertaneja, cuja vegetação predominante é a Caatinga. Nos levantamentos feitos pela consultoria ambiental, o empreendimento não atinge nenhuma unidade de conservação. Com relação às áreas de preservação permanente (APP), foram diagnosticadas duas ocasiões. As margens de riachos, onde se deve preservar 30 metros de cada lado, e os açudes construídos na fazenda. Nesse caso, a faixa de proteção é de 15 metros.

EmborDSC06439a o projeto tenha elaborado todo dentro de uma propriedade particular, a Fazenda Amontada, o estudo ambiental levou em consideração comunidades vizinha como área de influência direta do empreendimento. São elas: Cipoal, Fazenda Boa Esperança, Assentamento Tanques, Embira, Agroisa e Vila Jaçanã. Uma série de planos e programas a serem desenvolvidos pela empresa para mitigar e minimizar os efeitos adversos junto à parte social e ambiental foram propostos pela Geoconsult.

O supervisor do Núcleo de Impacto Ambiental da Semace, Wilker Sales, classificou a audiência pública como válida para fins de licenciamento ambiental e agradeceu a participação do público. Sales disse que os debates engrandeceram o momento e que o objetivo do encontro tinha sido alcançado. No dia anterior a equipe multidisciplinar da autarquia realizou vistoria técnica no terreno das CGEs.

Fhilipe Augusto
Assessoria de Comunicação da Semace
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