Artigo do superintendente da Semace explica inventário florestal do Ceará

11 de dezembro de 2015 - 16:18

Sex, 11 de dezembro de 2015, 16h11

Um inventário para a vida
Ricardo Araújo – Engenheiro florestal e superintendente da Semace
ricardo.araujo@semace.ce.gov.br

Quando uma floresta é protegida, um patrimônio público está sendo preservado, para assegurar o crescimento econômico sustentável e o desenvolvimento humano, nas escalas do território e do planeta. A cobertura vegetal garante a vida dos animais; evita erosões e o assoreamento de rios; reduz a poluição do ar, a temperatura e o aquecimento global.

Por isso foi tão importante fazer o Inventário Florestal Nacional (IFN) do Ceará, que a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), vai apresentar hoje (11), depois de um ano de um levantamento realizado em 377 amostras diferentes áreas da caatinga e das serras. Outros 80 pontos foram observados, representando as unidades de conservação do estado.

Os dados biofísicos e socioambientais seguem, pela primeira vez, um único padrão, do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), representando um grande avanço. Nós, da Semace, entregamos ao país a nossa parte, como segundo estado a concluir o IFN. As informações logo estarão disponíveis para o Estado, mercado e sociedade.

Agora, depois de 20 anos do último levantamento, temos dados atualizados sobre a quantidade e sobre a qualidade das nossas florestas. Sabemos onde a cobertura vegetal avançou, onde regrediu, que espécies surgiram, quais estão ameaçadas. Conhecemos a situação fitossanitária. Temos a informação do quanto as nossas florestas precisam de nós.

Agora, e para os próximos anos, poderemos traçar novas estratégias e, com os atuais parâmetros, avaliar as ações  que serão desenvolvidas. Temos os dados para comparar os resultados das políticas públicas da nossa caatinga com a de outros estados, de outros países, e até com os avanços alcançados na preservação dos demais biomas brasileiros.

A Semace apresenta o Inventário Florestal Nacional (IFN) do Ceará, ao lado da Secretaria do Meio Ambiente e do Coema, com quem forma do Sistema Estadual do Meio Ambiente. E, ato contínuo, começa a discutir o documento. Não temos tempo a perder. Não temos floresta a perder.