Semace entrega aves mutiladas no Ceará a centro especializado de Sergipe

26 de outubro de 2015 - 15:37

Seg, 26 de outubro de 2015, 15h37

Fiscais da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) do Ceará entregaram 21 aves de rapina mutiladas, quarta feira (21), ao Parque dos Falcões, uma reserva particular de proteção a aves, localizada em Itabaiana, no Agreste Sergipano, a 45 quilômetros de Aracaju. Depois da viagem de 18 horas, as aves passaram a receber cuidados especiais e, agora, poderão conviver com 300 rapinantes de 30 espécies abrigadas do parque.

Os animais haviam sido resgatados pelos fiscais em situação de maus-tratos ou em operações de combate ao tráfico de animais. Sem condições físicas de devolução à natureza, as aves esperavam melhor destino, há um ano em média, no Centro de Triagem de Animais Silvestres, do Ibama, localizado no bairro Messejana, em Fortaleza.

Entre os animais transferidos nessa operação, encontra-se um raro exemplar de águia-chilena (da fauna silvestre brasileira), filhote, portador de uma deformidade em uma das asas. A lista se completa com cinco carcarás, cinco gaviões vermelhos, quatro gaviões asa de telha, quatro corujas suindara (rasga mortalha) e duas corujas orelhudas.

Os novos moradores do Parque dos Falcões estão sendo examinadas individualmente, para avaliar a natureza e a gravidade da mutilação. Em casos de espécies ameaçadas de extinção, é possível a utilização de animais mutilados para reprodução em cativeiro e a posteior participação em projetos de reintrodução na natureza e reforço populacional.

A perda de habitat natural, a disponibilidades de presas (roedores, aves e insetos) e de locais para ninhos (forro de casas) têm aumentado a ocorrência das aves de rapina nas cidades. Mas “a falta de conhecimento das pessoas, motivam a agressão, maus-tratos e mutilação desses animais”, afirmou a fiscal da Semace, Daisy do Carmo Sousa.

“Por se tratarem de animais localizados no topo da cadeia alimentar, são responsáveis pelo controle populacional de diversas espécies de animais que podem se tornar pragas, quando há desequilíbrio ecológico”, explicou. O fiscal da Semace, Marcelo Borges, também participou da transferência dos animais para Sergipe.

Alberto Perdigão
Assessoria de Comunicação da Semace
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