Plano de manejo: Ceará se destaca em uma solução sustentável para uso de produtos florestais

14 de outubro de 2015 - 16:01

Qua, 14 de outubro de 2015, 16h01

O Ceará é um dos estados brasileiros que se destaca pela quantidade de planos de manejo. Atualmente, existem 320 autorizados pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), por meio da Diretoria Florestal (Diflo). Desse total, 282 estão ativos. São 170.016 hectares liberados para o manejo, com quase 159 mil hectares efetivamente manejados no estado, o que representa 1% do território cearense.

Podemos descrever um plano de manejo como um conjunto de atividades e intervenções planejadas e adaptadas às condições das florestas aliado aos objetivos sociais e econômicos do seu aproveitamento. Ele visa a produção racional de produtos e subprodutos florestais (lenha, estaca, carvão etc) possibilitando seu uso de maneira sustentável.

De acordo com um levantamento feito em 2012 pela Associação Plantas do Nordeste (APNE), o Ceará era o estado que mais possuía planos de manejo florestal em áreas de Caatinga. Na época, existiam 468 planos nas regiões em que o bioma está inserido. Só em território cearense eram 206.

Como fazer

O Plano de Manejo deve ser elaborado por engenheiro florestal e/ou agrônomo. Esses profissionais devem ser habilitados e seguir as especificações do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA). A autorização da exploração de área manejada, emitida após aprovação do plano, terá validade de um ano e será revalidada anualmente de acordo com o cronograma aprovado.

O processo do plano de manejo pode seguir três etapas. Na primeira, deve ser apresentada a planta do plano, na qual devem constar informações sobre zoneamento ou delimitação da propriedade florestal em locais exploráveis, áreas de preservação permanente e pontos que não serão explorados. Em seguida, deve-se planejar as estradas secundárias que se interligarão à área de exploração e estradas primárias. Por fim, serão divididos os blocos ou talhões a serem utilizados anualmente.

Fhilipe Augusto
Assessoria de Comunicação da Semace
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